domingo, 6 de dezembro de 2009

Alertas da natureza: II-Derretimento do gelo antártico




Sílvio Lanna


O derretimento da calota polar antártica, no Polo Sul, assim como o ocorrido no Ártico, implica em perigoso aumento do nível dos oceanos. Estimam os cientistas que o desfazimento completo do gelo existente nesses dois extremos do planeta faria com que os oceanos subissem algo em torno de setenta e sete metros (70 originários da Antártida e 7 do Ártico).


Em início de 2007 a NASA documentou o mais significativo derretimento ocorrido naqueles extremos, com área correspondente aos estados de São Paulo e da Califórnia. O estudo encontra-se relatado no site http://www.nasa.gov/vision/earth/lookingatearth/artic-20070515.html


Já os especialistas da British Antartic Survey (BAS), entidade britânica que estuda o continente antártico, comprovou recentemente a relação existente entre o derretimento das calotas polares e a ação humana. Os estudos estão publicados no site http://www.antarctica.ac.uk/


Segundo eles, o aquecimento da Terra em razão do constante acréscimo na emissão de gases do efeito estufa vem causando o derretimento das geleiras (antes consideradas "eternas") por interferir diretamente no padrão dos ventos. Isto se daria pela intensificação dos ventos quentes originários do oeste e que incidem sobre o Polo Sul no verão. O acréscimo na temperatura atingiu 5º C, o que é considerado excessivo e profundamente danoso.


Cientistas britânicos e americanos a serviço do BAS estudaram centenas de glaciares antárticos, tendo sido seu relatório publicado pela respeitada revista Science (http://www.sciencemag.org/), edição de abril de 2005.


Analisaram mais de duas mil fotografias aéreas produzidas desde os anos quarenta, além de um grande número de imagens obtidas por satélites em operação desde os anos sessenta. Concluíram que a maioria dos glaciares estudados recuou no último meio século a uma taxa média de cinquenta metros por ano (sendo que somente em um deles a redução chegou a treze quilômetros), tendo a temperatura local se elevado em 2,5º C.


No final do mês de novembro foram localizados quatro icebergs próximos (cerca de 400 km) das costas da Nova Zelândia, viajando a cerca de 1,5 km/h. Procedem da Antártida, sendo possivelmente pedaços de plataformas continentais liberados em razão de fendas produzidas pelo aumento da temperatura local.

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