segunda-feira, 14 de novembro de 2016


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A REFORMA PROTESTANTE – OS PRÓXIMOS 500 ANOS

É objeto destes artigos traçar modestas linhas a respeito da Reforma Protestante, que cindiu definitivamente a Igreja Católica inaugurando nova visão sobre os ensinamentos da Bíblia. É também seu objetivo participar das comemorações dos quinhentos anos da Reforma. Sua data oficial de nascimento – 31 de outubro de 1517 – nos levará nestes próximos doze meses a 2017 e às necessárias reflexões, autocríticas e orientações para que nos próximos 500 anos também os rumos do protestantismo sejam revistos e aperfeiçoados. Necessário que se expurguem desvios e que se corrijam rumos para a retomada das razões que levaram tantos reformadores a arriscar – e a perder – suas vidas. Acima de tudo, que voltemos a nos submeter aos ensinamentos e às determinações das Sagradas Escrituras como legítima expressão da palavra de Deus. Tudo isto com fé e determinação, mas também com inteligência e perspicácia, que nos foram emprestadas pelo Criador também para verdadeiramente entender suas Palavras. 

Primeira parte:
O surgimento dos Estados Nacionais

O momento histórico pré-Reforma caracterizou-se pelo enfraquecimento do papado. A Igreja Católica, que detinha também o poder político em muitas nações, viu surgirem os Estados Nacionais precursores das modernas nações da Europa. As primeiras idéias de eleição (ainda que indiretas) de imperadores determinou o enfraquecimento dos reis totalitários e do Clero como entidade política. Consequência lógica dessa divisão de poderes foi o tensionamento das relações Igreja-Estado.

Em países como França e Inglaterra os monarcas forçaram a diminuição do poder clerical e começaram a articular organismos que foram a gênese dos parlamentos modernos. Isto por volta dos anos 1250-1320, em plena Idade Média.

Poder também é riqueza material. Bonifácio VIII, um papa que admirava mais as fortunas materiais que as espirituais desentendeu-se com a monarquia francesa em razão da divisão dos impostos. Resultou que acabou preso por Filipe IV, monarca francês, deixando antever para que lado pendeu definitivamente a divisão de poder então em curso.

Em situação muito semelhante à que percebemos em nossos tempos, a perda de poder abre caminho para críticas e faz crescer o coro dos insatisfeitos. As extravagâncias do Clero, sua sede por riquezas e acúmulo de bens materiais começou a se manifestar entre os populares.

Essa sucessão de desventuras acabou por provocar o que veio a ser chamado de “O Grande Cisma”. Após uma série de desavenças e lutas pelo poder, a Igreja Católica cindiu-se, tendo sido criados três papados com líderes distintos. Suas sedes eram em Roma, Pisa e Avignon. Tal situação só gerou o crescimento dos clamores por reformas na Igreja.

Aprofundando-se a constrangedora situação vivida pelo Clero, cada um dos três papas excomungou os demais, rivais no poder e na divisão da riqueza.


Martinho V, eleito papa pelo Concílio de Constança, no início dos anos 1400, unificou a Igreja, tornando-se novamente uno na direção do catolicismo. Além de perseguir os dissidentes, condenou-os, bem como aos pré reformadores João Wycliff, João Hus e Jerônimo de Praga.

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