domingo, 28 de março de 2010
Escândalos nossos... O caso Hildebrando Pascoal (1999)
Escandalos nossos... A compra de votos para a reeleição de FHC (1997)
sábado, 27 de março de 2010
Escândalos nossos... Violação do Painel do Senado (2000)
sexta-feira, 26 de março de 2010
Escândalos nossos... Prédio do TRT de São Paulo (1999)
Sílvio Lanna Em 1992 o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo promoveu licitação para constuir sua nova e grandiosa sede. Foi vitoriosa a Construtora Incal, de propriedade dos empresários Fábio Monteiro de Barros e José Eduardo Teixeira Ferraz. Em 1995 o Tribunal de Contas da União atestou que houve irregularidades na licitação e na obra. Submetido ao Ministério Público, este apurou que, apesar de 98% do orçamento haverem sido utilizados (correspondentes a R$ 234,5 milhões), somente 64% da obra haviam sido concluídos. A partir daí as obras foram abandonadas, tendo sido apurado ainda que a estrutura de corrupção montada desviou nada menos que R$ 169,5 milhões. Apontou-se como líder da quadrilha era o então juiz do TRTSP Nicolau dos Santos Neto. Dentre as falcatruas observadas foram descobertas transferências inexplicadas de vultosas quantias da Incal para o Grupo OK, empresa cujo proprietário é o então deputado e em seguida senador Luiz Estêvão (PMDB). Em razão do escândalo, Luiz Estêvão veio a ser, em junho de 2000, o primeiro senador cassado na história da República brasileira, estando com os direitos políticos suspensos até 2014. Considera ele, porém, que a pena somente poderia prolongar-se até 2010 e já requereu ao PMDB e ao TRE o registro de sua candidatura para disputar as eleições no presente ano.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Escândalos nossos... Os anões do orçamento (1993)
Sílvio Lanna
Três deputados foram os principais envolvidos nesse escândalo que ocorreu no final dos anos 80, tendo sido descoberto somente em 1993. Foram eles: Ibsen Pinheiro (PMDB), esse mesmo que está às voltas hoje com o projeto de redistribuição dos royalties do Petróleo, Genebaldo Corrêa (PMDB), que pretende retornar à Câmara nas próximas eleições e João Alves (PPR, hoje PP), chefe do esquema (ou da quadrilha), aquele que justificou o acúmulo de riquezas dizendo haver sido sorteado quase duzentas vezes na loteria. Foram ainda acusados e cassados: Carlos Benevides (PMDB), Fábio Raunheitti (PTB), Feres Nader (PTB) e José Geraldo Ribeiro (PMDB).
Os parlamentares possuíam todos baixa estatura (física e moral), o que justificou o nome dado ao escândalo. Operavam por manipulação do orçamento do Congresso, seja constituindo emendas em favor de entidades filantrópicas de fachada, seja distribuindo obras para grandes empreiteiras em troca de generosas comissões.
Escândalos nossos de cada dia
Não obstante as atenções da população brasileira e da mídia estejam voltadas para o julgamento do casal acusado de matar Isabela Nardoni, vamos conversar mais um pouco sobre um tema recorrente em nosso dia a dia: a corrupção política.
Já ouvíamos falar dela quando da estadia da Corte Portuguesa em nosso país, também à época da Inconfidência Mineira, mais ainda ao tempo de Ademar de Barros (rouba mas faz), sob a ditadura militar (caso Saraiva) e tantos outros que acompanham o entra e sai dos governos em nosso país.
Pretendo apresentar em novelescos capítulos alguns exemplos que se destacaram na cena política brasileira nos últimos tempos, para que não nos esqueçamos (são tantos, que a memória não comporta). Para evitar a aparência de documentário, serão eles apresentados aleatoriamente, sem rigor cronológico.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Vinte anos e nenhuma saudade
domingo, 14 de março de 2010
A eficácia do Tribunal do Juri
sábado, 13 de março de 2010
The dark side of the moon, 37 anos
Sílvio Lanna
Afinal, dentre todos os nascidos no final dos cinquenta e início dos sessenta, raros são aqueles que não o conhecem e que não embalaram sua irreverência, seus protestos e seus discursos contraculturais ao som das mágicas fórmulas do Dark Side.
Foi um marco mundial no rock progressivo e ponto de referência para todos os que têm no sangue as marcas da geração 60.
sábado, 6 de março de 2010
Aqui eu te amo
Mulheres...
quarta-feira, 3 de março de 2010
Tia Hillary voltou...
Está hoje no Brasil, principal objetivo de sua missão internacional. O motivo pelo qual nos visita é a indignação dos EUA em face do bom relacionamento do governo brasileiro com o Irã, particularmente em um momento em que se discute a possibilidade de produção de artefatos nucleares por aquele país.
Para manter as aparências, entretanto, outros temas da pauta bilateral constam da agenda, como a instalação de bases militares norteamericanas na Colômbia, a retaliação comercial brasileira - com o aval da OMC - em face do protecionismo ianque a seus produtores de algodão, a presença e divisão de forças entre os dois países no Haiti, as divergências entre ambos com relação à aceitação do golpe hondurenho e a compra de aviões militares pelo Brasil.
Recentemente o governo americano recebeu fortes protestos e foi ameaçado internacionalmente pelo governo chinês em razão de o presidente Obama haver recebido o dalai lama do Tibete e, ainda, por ter vendido US$ 6,4 bilhões em armamentos para Taiwan, cuja soberania até hoje não é reconhecida pela China.
Restou claro que os chineses pretendem exigir de seus parceiros uma conduta internacional formatada segundo seus interesses particulares. A diplomacia americana está em tratativas no sentido de, segundo eles, preservar a autodeterminação norteamericana e, ao mesmo tempo, aparar as arestas que o episódio causou.
No caso brasileiro, a Secretária Hillary, que já ameaçou o Irã com destruição total, não admite que seus parceiros mantenham relações amistosas com aquele país muçulmano. A desculpa é que isto aparenta ser um aval brasileiro à tentativa iraniana de constituir seu arsenal atômico. Ahmadinejad afirma que as intenções de seu país são meramente de utilização pacífica para a energia nuclear.
Dissenções à parte, é fato que as constantes rusgas entre Irã e Israel deixam clara a animosidade entre embos, o que também é motivo de grande preocupação para os EUA, uma vez que os povos judeu e americano são aliados incondicionais e atemporais. Não é novidade, portanto, que em qualquer problema que possa ocorrer entre Israel e qualquer outra nação, a posição ianque já foi estabelecida de antemão.
A postura dos Estados Unidos da América, como em outras ocorrências, é dúbia e incoerente no que diz respeito às suas relações com a China e com o Brasil. A razão disto é simples: a eles importa o que lhes traz resultados (notadamente econômicos), condicionante a que todo o restante do planeta deve se curvar e aceitar de bom grado. Caso contrário, até mesmo podem usar seu poderio bélico, arranjando uma desculpa qualquer para a intervenção (o Iraque que o diga).
É evidente que nenhum governo desejará contribuir para o crescimento da ameaça nuclear no planeta. Por outro lado, o apoio ou não de qualquer nação não faz muita diferença, uma vez que as matérias primas podem ser adquiridas com certa facilidade no mercado negro e as instalações podem ser mantidas por um bom tempo fora do alcance da bisbilhotice internacional.
Acaso essa discussão ora travada com relação ao suposto apoio ao Irã também ocorreu no caso recente da Coréia do Norte?
As desavenças entre muçulmanos e judeus estão postas há dezenas de anos e é muito difícil que alguém consiga aplacá-las definitivamente.
Os riscos de hecatombe nuclear são eficientemente monitorados pelo "Relógio do Apocalipse", da Universidade de Chicago, estando atualmente em 23:54 h (considerando-se que meia noite seria o marco de uma guerra nuclear total no planeta). Ele já esteve em 23:58 h (1953), 23:57 h (1984), 23:55 h (2007), mas também em 23:43 h (1991) e 23:46 h (1995).
Deduz-se que as graves questões internacionais que envolvem sérios riscos à humanidade não são majoradas pelo apoio ou por meras intenções de países individualmente, mas pelos atos fortes e decisivos de grupos de nações.
Se, pelo que parece, a visita de tia Hillary não se converter em resultados efetivos, pelo menos que ela aproveite a extraordinária beleza de nosso país. Pena que o tempo não está bom em São Paulo, no Rio e nem mesmo no nordeste. Senão, dava até para pegar uma prainha...